Eu sou assim.

Minha foto
Nativo do "Camorão" a 59 anos, bem casado com Maria Odete a 36, três maravilhosos filhos, Matheus Vinicius, Marilia Julieta e Mathias Augusto, netos Maria Alice e Eduardo Augusto. Adoro ouvir rádio, sou movido a musica, leitura e informação e claro, movido pelo amor que tenho pela minha família.

Pensamentos e Ensinamentos.




"Se soubéssemos quantas e quantas vezes as nossas palavras são mal interpretadas, haveria muito mais silêncio neste mundo".


(Oscar Wilde - dramaturgo e poeta irlandes 1854 -1900)

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

1971.

O sábado fora muito quente, e a longa estiagem persistia. Nossa casa estava em reformas, aproveitando o tempo de estiagem, estava recebendo pinturas, assoalho com aplicação de Sinteko bem como, janelas novas,reformas anunciando natal e ano novo. Os móveis estavam amontoados pelos quartos existentes fora da casa, dormiamos no escritório do nosso pai. Para nós, a “bagunça”era uma festa, o fato de termos que dormir no escritório era como uma diversão. Eu, então com 13 anos, cuidava dos irmãos menores, Gudé ( José Eugenio), Rasbico (Euro) e Nani, (Enio), todos crianças ainda. No domingo iriamos recolocar os móveis no velho casarão, pois o Sinteko já estava seco e o cheiro já era suportável, nossa mãe prometeu um belo almoço no domingo pra que ajudassemos a recolocar as coisas nos devidos lugares, não viamos a hora de voltar pra nossa velha, agora renovada casa.
Depois de assistir tv, fomos dormir num sofá cama enorme, onde nós quatro ficavamos de “conversa fiada” e rindo das estripulias do dia, até que nossa mãe nos mandasse calar, senão....
Acordei com um barulho imenso e com o Gudé (que lavou a Santa pra agradar a mãe...)chamando a mãe, pra falar que o Enio havia feito xixi na cama(rsrsrsr), acordamos com a cama alagada, o Nani(Enio) sentado e com os olhos arregalados estava mudo, e assim permaneceu por um bom tempo, um dia talvez, não lembro. Nosso pai estava parado à porta do escritório, estarrecido com o que acabara de acontecer havia água e pedras enormes de gelo por todos os cantos, cacos de vidro e de telhas, essa foi a maior tempestade de granizo já vista por aqui. Nossa casa era coberta de telhas de barro, nenhuma ficou inteira, o vistoso Aero Willis azul celeste, estava coberto de telhas quebradas e todo amassado, a casa com novo assoalho sintekado, alagada, roupas mantimentos, móveis, documentos fiscais do escritório tudo encharcado...Corria o ano de 1971, o dia era 26 de setembro, domingo cinco e meia da manhã foi um dia que jamais esquecerei.

Adeus amigo!
Fernando Ferreira Gonçalves o Fefê,(Sushi Bar) amigo e vizinho desde a infância, nos deixou subitamente dia 25 de setembro, levou com ele a simpatia, a jovialidade dos seus 48 anos, e a certeza de ter sido um excelente amigo, sentirei tua falta amigo, descanse em paz.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Escreva aqui a sua opinião,ela é muito importante.