A despeito daqueles que abominam a idéia, acham-na estapafúrdia, idiota e vil, começou o BBB 10. Dez anos no ar, e a cada ano que passou, fez mais sucesso, isso é inegável, basta ver o numero de pessoas que desejam participar desse confinamento, o aumento dos valores da premiação e patrocínios.
E para espanto de muitos que defendem o desserviço que o BBB presta à cultura e a educação, é cada vez maior o numero de pessoas que são escolhidas para participar, e que se inscrevem. Na seleção são escolhidos a dedo entre médicos advogados, professores etc. Penso que o objetivo dos organizadores é melhorar o nível de discussão acerca da relação interpessoal, sexo e comportamento objetivando atrair público de todas as classes. Outra novidade neste ano é a participação aberta de gays assumidos, não que nunca houve a participação deles, mas eram participações leves, sem escândalos. Com essas participações escancaradas, a direção traz para o confinamento, a causa dos discriminados gays e lésbicas levantando e levando a discussão para os lares e cidades que representam. Tem cidadão de Londrina orgulhoso e outros que se sentem envergonhado de ter um representante gay no BBB 10, (como se deixou claro hoje no programa do Militão na CNT). Mas já no primeiro dia a direção do BBB, começou discriminando os participantes ao separar os grupos para disputar a liderança da casa e imunidade, dividindo os participantes claramente escolhidos pela opção sexual, nível cultural, etc.
Enfim, aqueles que gostam assistam quem não gosta não assista e ponto! Quem assiste que elogie ou critique, entrem na discussão ou até, sintam-se a vontade. Eu particularmente não sou fan de carteirinha, mas gosto de “dar uma espiadinha,” nas mulheres, desfilando corpos esculturais, mostrando que a preferência nacional ainda é a mesma. BBB tem quem goste, tem quem não goste, e neste ano tem até pra quem nunca assistiu, e pra todas as preferências.
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
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Este texto deve ser lido.
ResponderExcluirAS MALVINAS E A INTROMISSÃO DESCARADA
Por Bruno Peron
O conflito das Malvinas estimula a retomada do adágio “a união faz a força” pela irmandade da América Latina.
Em se tratando do desnível de capacidade bélica entre Argentina e Inglaterra, uma cotovelada nos vizinhos latino-americanos convoca-os a lançar o tema como de importância regional em foros vindouros.
A Inglaterra enviou a plataforma marítima “Ocean Guardian” na intenção de explorar gás e petróleo a 160 km ao norte das Malvinas, cujo arquipélago de três mil habitantes é disputado desde o século XIX pelos dois países, mas ficou sob domínio inglês desde 1833.
Os pujantes há muito controlam territórios latino-americanos e ilhas adjacentes. A Inglaterra controla as Malvinas assim como a Pangérica faz em Porto Rico e a França na Guiana Francesa. Discute-se a soberania da Argentina e o espaço de defesa da América Latina.
A estratégia do governo argentino tem sido a de dificultar a ação das empresas inglesas, que se aproximam em consequência da alta do preço de petróleo. A presidente argentina Cristina Fernández passou a exigir autorização oficial de todas as embarcações estrangeiras para que naveguem em águas do país sul-americano.
O esforço da Argentina de frear o apetite inglês é histórico. A guerra de 1982 rendeu a baixa de 649 argentinos e 255 britânicos e a derrota dos anseios de recuperação do território pelos argentinos. O governo do ex-presidente Néstor Kirchner, para citar uma ação mais atual, fez campanha pela retomada das Malvinas.
É legítima a defesa dos recursos naturais na área marítima por parte da Argentina, ao mesmo tempo em que surgem boatos inoportunos de que a presidente Cristina Fernández tentou desviar a atenção de problemas internos, como o aumento da inflação e o uso das reservas do Banco Central.
Qualquer crítica nesta direção desconsidera que os países latino-americanos estão sempre atolados nalgum impasse ou problema e que, a despeito deste diagnóstico, devem travar certames a favor da soberania e do resgate da dignidade de seus povos humilhados e avassalados.
A Argentina e a Inglaterra estão dispostas a dialogar sobre as Malvinas, apesar de a segunda dar por encerrado o debate sobre a legitimidade de sua posse sobre as ilhas, cuja renda provém boa parte da pesca.
Um conflito armado é pouco provável pelo desnível das forças envolvidas.
O litígio não impede que a Argentina alimente o seu desejo de restituição do território por meio da condução do tema a um foro latino-americano de debates envolvendo representantes políticos de tomada de decisões importantes, como o Grupo do Rio ou o Conselho Sul-Americano de Defesa, que ainda não se consolidou.
A montagem de uma estrutura própria de discussões e ações sobre temas latino-americanos por governos progressistas na região começa a surtir efeito e a chacoalhar a base que, por séculos, sustentou a ganância dos países pujantes.
A Argentina não vê opção melhor que a união latino-americana para expulsar os corsários destas latitudes de onde muito sangue jorrou sob os mandos de forasteiros. As Malvinas são uma mostra da permanência de práticas colonialistas e imperialistas.
Cercados por navios de guerra e bases militares da Pangérica, a saída do mais fraco é resistir. Em mais uma prática desestabilizadora, a Pangérica convida o Uruguai a firmar tratados de livre comércio enquanto este país é fundamental para a continuidade do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL).
Embora a retórica seja a da paz, cujo prêmio Nobel foi estupidamente concedido ao estadista dúbio e infrutífero Barack Obama em função de mamulengo, a Pangérica militariza nossa região e a Inglaterra envia uma plataforma de prospecção de gás e petróleo como se fossem os donos do pedaço.
Basta de intromissão descarada. As Malvinas pertencem à Argentina.
(Bruno Peron Loureiro é mestre em Estudos Latino-americanos).